Com a chegada do verão inicia-se a época de festivais de música. O objetivo deste blog é o de gerar uma panorâmica do universo musical luso-galego, assim como do internacional, e deste jeito poder descobrir a evolução destes países neste âmbito.
Os festivais nos que se centra são principalmente de musica pop-rock, reggae e algum de música eletrônica, heavy metal e folk porque consideramos que são os estilos musicais mais consumidos pólas novas gerações e que podem dar boa mostra da expansão neste terreno da projeção nacional e internacional, tanto dos grupos que trabalham com este tipo de música como dos festivais que se desenvolvem arredor dele.
A ordenação cronológica permite ao visitante confeccionar uma rota de festivais á sua medida, em cada mês mostram-se diferentes festivais para diferentes gostos.
Esta rota também cumpre outro objetivo que é o de dar a possibilidade de conhecer a Galiza e Portugal e a cultura destes dois países porque muitos dos festivais são celebrados em vários dias, o que dá a oportunidade de realizar visitas turísticas pela zona onde se está a celebrar.
O Festival Irmandiño é um projecto que nasceu em 1980 como resposta à necessidade de projectar-nos como povo com história própria, como herdeiros de uns galegos e galegas que, ali pelo século XV, se rebelaram contra o poder estabelecido, contra uma situação social de opresión, abuso e miséria.
Os vizinhos e vizinhas de Moeche desejavam naqueles primeiros anos de democracia contribuir, desde a cultura e a história a que Galiza tivesse voz própria, como teve noutros séculos. Deste modo o festival converteu-se em seguida num referente cultural singular no país.
À vez, esses primeiros organizadores tinham outro motivo mais tanxíbel e mais próximo, conseguir que o castelo de Moeche não se deteriorasse mais e se mantivesse como símbolo da câmara municipal e da nossa história. Hoje em dia, este objectivo está-se a cumprir graças à constancia e entrega de muita gente implicada com esta câmara municipal e com este país.
A manifestação artística própria do Irmandiño é a música folk, que nos anos 80 era um dos símbolos reivindicativos da Galiza. Mas também houve espaço para outras artes: teatro, artesanato, etnografía, pintura, artesanato, música coral, desenho (concurso de cartazes), investigação, (Prêmio de investigação histórica), etc
Para todas as pessoas que ao longo do tempo estiveram ligadas ao festival de algum modo uma das características é a capacidade de aglutinar gentes de todas as idades, desde crianças a velhos, e de diferentes lugares.
A transmissão interxeracional é um rasgo do Irmandiño junto com o feito de ser uma festa aberta; desde o primeiro ano os vizinhos e vizinhas de Moeche não estiveram sós já que o festival é fruto do trabalho de muitas pessoas ligadas afectivamente a Moeche. O relevo na organização vai passando de mãos em mãos, mesmo de geração em geração; os que deitaram a andar os primeiros Festivais continuam vecellados e assim hoje, 28 anos depois, participam homens e mulheres que sobrepasan os 70, e inclusive os 80, com pequenos e pequenas de curta idade.
Não podemos deixar de mencionar a esse público fiel que ano após ano nos visita, jovens e jovens que acodem sem falta à cita do Irmandiño e sem eles o festival não seria o mesmo.
O inicial espírito reivindicativo da nossa existência como povo com cultura e língua de seu assim coma da nossa consciência social, especialmente nestes tempos de vertigem e uniformización, deve seguir vivo nas próximas edições e assim se veio plasmando especialmente nos diferentes pregões da mão do poeta Manuel María, o artista Xurxo Souto, os poetas Rafa Villar e Alfonso Venancio ou o escritor Sechu Sende.
Só resta desejar que o Festival Irmandiño siga sendo uma expressão da cultura como sinal de afirmação colectiva, expressão de uma tradição da que todos e todas devemos aprender para construirmos o futuro da nossa Terra.
O Festival Sudoeste é um festival de Verão realizado em solo português que conta já com 12 edições. Decorre na Herdade da Casa Branca, na Zambujeira do Mar e é organizado pela Música no Coração. Ao longo dos anos recebeu a visita de mais de um milhão de pessoas. Realiza-se no início do mês de Agosto.
É um dos mais importantes festivais de Verão em Portugal, pois concentra uma vasta gama de artistas de renome de vários estilos musicais que vão desde o Reggae ao Rock, passando pela música electrónica, ou mesmo pelo Fado. O festival começou em 1997com três dias de festival. Esta primeira edição pecou apenas pela falta de organização, tendo ocorrido vários problemas de ordem técnica durante os concertos. Ao longo dos anos a organização melhorou muito, sendo actualmente uma referência no que diz respeito aos festivais de Verão em Portugal.
Em 2001, pela primeira vez em cinco anos, o festival durou quatro dias. Em 2003, o principal patrocinador e organizador do festival mudou; desde do início que a marca de cerveja Sagres teve esse papel, mas nesse ano, o testemunho passo para a operadora da rede móvel Optimus, dando-lhe a denominação de Festival Optimus Sudoeste. A Tmn adquiriu o patrocínio do festival no ano de 2005 e passou a chamá-lo Festival Sudoeste tmn; essa designação persiste até aos dias de hoje. Foi também nesta época que o festival ganhou mais notoriedade, principalmente devido às fortes campanhas publicitárias que antecediam o evento.
Este festival de heavy metal reúne aos grupos metal mais importantes do panorama português e internacional. Celebra-se em Vieira do Minho (Braga), ao norte de Portugal num ambiente de interior paradisíaco.
Programa
27 agosto
28 agosto
29 agosto
30 agosto
R.C.A.(POR)
OBITUARY (USA) FIREWIND (GRE) TEXTURES (HOL) DISBELIEF (GER) DARK MOOR (SPA) THE TEMPLE (POR) ONE MAN ARMY AND THE UNDEAD QUARTET (SWE) THANATOSCHIZO (POR) DESIRE (POR) WITCHBREED (POR) KILLEM (ESP)
Este festival começou no ano 2004 e celebra-se na praça Maior da vila de Viveiro. Nos primeiros anos reunia grupos de pop-rock nacional e internacional mas nestas últimas edições conta com actuações de outros estilos como o folk.
O festival Cultura Quente é uma manifestação singular de expressão e compromisso, impulsionada pelo Ajuntamento de Caldas de Reis para implicar a todos os sectores sociais num projeto de desenvolvimento local.
O nome do festival, Cultura Quente, faz referência tanto ao caráter das águas termais de Caldas como a idéia da cultura comprometida, viva e participativa que está sempre presente a sua programação.
O festival se se converteu, depois de 11 edições, num particular símbolo de identificação de Caldas com o exterior, recuperando o espírito dinâmico das vilas termais tradicionais como espaços modernos de cultura, lazer e encontro.
Um dos principais princípios de Cultura Quente é o de tratar-se de uma proposta inovadora, sem precedentes no meio imediato do município e em conjunto em Galiza. Além disto, a interdisciplinaridade da proposta, com espaços para todo tipo de manifestações estéticas, técnicas e artísticas, abre uma porta que não existia até o momento.